Personagens Inscritos

 Cresci em meio a armamento, histórias e muito "militarismo". Aos 10 anos eu já sabia como desmontar uma arma de mão, limpa-la e monta-la de volta. Ok, enquanto todas as menininhas estavam ali brincando de modelos ou de bonecas, eu estava lendo e aprendendo defesa pessoal. Enquanto meninas da minha idade ouviam histórias de príncipes e princesas, eu ouvida os contos de sobrevivência de meu tio. As batalhas, as armas das quais continham histórias fascinantes e a cada história uma delas era apresentada a mim. E sabe, eu comecei a ficar tão fascinada com isso que, agora aos meus 17 anos, apesar de enfrentar críticas tenho absolutamente certeza do que quero fazer.

Hoje estou prestes a entrar numa universidade onde posso ser o que realmente eu quero ser. Porém com fomos deixadas na rua por falta de pagamento do nosso apartamento e enfim, minha mãe mandou-me ficar com meu pai, um cada doido que eu mal conheço e que infelizmente é o culpado de não segurar seus hormonios e andar pegando a mulher que é minha mãe. Sério, preferia não ter nascido se era pra ser assim.

Bem, como minha vida se tornou um pesadelo? Depois que me separei de Kurt, acabei tendo de criar minha filha sozinha. Trabalhei duro e ainda trabalho duro para conseguir manter a loja e dar uma vida digna para ela. Por essa razão eu não estava com ela quando tudo isso aconteceu. As contas estavam vencendo, e eu poderia perder minha loja naquela mesma manhã quando ela disse que não se sentia bem. Eu precisava ir ao trabalho e impedir que me tirassem o pouco de sustento que eu mantinha então pedi para Russel, um homem amável e gentil a quem eu devo muito tomar conta dela enquanto eu resolvia esse problema. Foi aí que tudo começou, estava eu nos fundos da loja quando ouvi gritos vindo da parte da frente. Sem pensar sai correndo achando que novamente uma das clientes havia ficado nervosa e agressiva por não ter mais um par de sapatos igual ao que outra devia ter pego primeiro. Nesse exato momento, um de meus funcionários veio pra cima de mim Sangrando e dizendo que as pessoas estavam malucas, tinha gente comendo gente literalmente dentro da loja. Foi então que vi a Sra Nobresck vindo em nossa direção enquanto espumava pela boca e rosnava feito um animal esfomeado. Não pensei duas vezes, corri até a sala da administração, fechei a porta, saquei tudo o que havia dentro do cofre e fui em direção a saída de emergência. O que vi do lado de fora era praticamente um pesadelo. Não lembrei de mais nada a não ser de como estaria minha filha e foi a primeira coisa que pensei era em ir procura-la. Rezava para que estivesse tudo bem

A jovem não tinha papas na lingua, sempre fora muito sincera com os outros e talvez por isso muitas vezes fosse mal interpretada. Depois da aposentadoria do pai, sua familia se mudou para o subúrbio de NY, então pela primeira vez, Sarah pode ver o que era ser uma garota "normal". Enquanto seu irmão entrou pra academia de polícia, Sarah optou por seguir na carreira das artes. Assim como sua mãe. Estava nos últimos dias de colégio, prestes a fazer os exames de aceitação quando o mais doido dos acontecimentos mudou para sempre sua vida.

“Era uma vez, um pirralho viadinho que era grudado na irmãzinha e amava os pais, ele acreditava em tudo que seu pai dizia e idolatrava sua mãe, achava as babas divertidas e os seguranças heróis, mas daí ele foi chutado pra escanteio e passou a viver em internatos infernais, virou homem e fugiu de toda essa farsa idiota, tendo um novo lema: Fodam-se”

E agora esse sou eu: Acordei pra vida, saí de casa e fui me virar sozinho, já não falava com Alexia direito, meu herói era um corrupto e minha deusa era uma vadia alcoólatra, depressiva. Por isso preferia as ruas, as leis das ruas não eram fáceis, mas lá todos eram exatamente o que aparentavam ser. Não foi fácil me virar sem o dinheiro da família, mas sempre tem um jeito de conseguir dinheiro, mesmo que ele não seja limpo – já deixo claro que parei com isso... Ou quase.

Ingressei na polícia e depois de algum tempo me formei com méritos, e por ser bom no que fazia fiquei a cargo de uma missão muito importante a qual teria de me infiltrar num grupo no qual fazia tráfico de pessoas. Até então algo muito normal, um caso que estava ativo à praticamente 6 anos. Entre idas e vindas, levei mais ou menos uns dois meses para conseguir o lugar em que cheguei e construir uma relação de confiança com alguns membros importantes. Para isso também tive de sacrificar algumas coisas, como amigos, moradia fixa entre outras coisas.

E para isso tive de me aproximar de pessoas, e uma delas acabei me aproximando mais do que devia. Ashley é agora a única pessoa com quem me importo. Embora as coisas estejam um pouco conturbadas afinal, pelo bem do trabalho acabei sacrificando também meu casamento. Pois Ash era a minha principal pista na investigação, e o que me elevou no status de policial, agora me custava o amor da pessoa que amo.